O “flop” da Scuderia Ferrari
O Mundial de F1 está uma estucha...
Já não há paciência para o passeio dos Mercedes e nem os arrufos entre Hamilton e Rosberg servem para dar alguma animação.
Os problemas do Ferrari passam por erros no projecto SF16-H, onde é quase impossível alterar as regulações de pista para pista num monolugar que prima pela instabilidade. Falta-lhe tracção e eficácia aerodinâmica.
Os problemas de "grip" são evidentes à saída das curvas lentas e a falta de apoio é notória nas curvas rápidas, exigindo mais apoio aerodinâmico o que limita a velocidade máxima em recta. Não é fácil chegar a soluções de compromisso num monolugar
Quando não há "grip" os pneus novos disfarçam o problema, garantindo mais aderência. Mas logo que os pneus começam a dar sinais de degradação as dificuldades reaparecem. "Com pneus novos o carro anda bem, mas quando eles se gastam surge a subviragem e a sobreviragem e desaparece a aderência", referiu Raikkonen depois do GP da Alemanha.
Esta decisão não é fácil num momento em que a Scuderia volta a estar em reformulação. James Allison deixou a equipa e o patrão Sergio Marcchione decidiu encontrar uma solução interna. Mattia Binotto assumiu o cargo de director técnico, mas o seu currículo na F1 não lhe garante o peso necessário para liderar uma revolução. E se a Mercedes e a Red Bull devem estar satisfeitas, quem está farto de "mais do mesmo" em cada GP não pode achar grande graça...